sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Feliz Natal


O mês de Dezembro é sempre uma loucura, não é mesmo?

Os compromissos triplicam e não sobra muito tempo. Assim peço desculpas pela ausência de novas postagens. Espero em breve retornar com muitos assuntos interessantes.

Os convites para as apresentações estão sendo cumpridos, e vou confessar: o grupo está maravilhoso, emocionando muitos corações, rsrsrs...
Desejo a todos um Natal repleto de muita paz e amor!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

"Opereta Caipira" no Panorama Das Oficinas Culturais




O Panorama das Oficinas Culturais 2009 reserva três quintas-feiras de Novembro (12,19,26) para a exibição dos vídeos-documentários que foram gravados com os participantes das Oficinas Culturais Municipais de Araraquara.




Dia 12/11 -Vídeo- "Opereta Caipira 2004"


Espetáculo montado em 2004 com a participação de mais de 100 pessoas, entre atores, bailarinos, músicos, técnicos, artistas plásticos, artesãos, alunos e monitores das Oficinas Culturais e com a direção artística dos monitores das diferentes áreas artísticas, sendo a direção geral de Euzânia Andrade.

O espetáculo foi montado a partir de pesquisas realizadas em documentos, livros e fotos do acervo do Museu Histórico Pedagógico Voluntários da Pátria e Arquivo Público Rodolfo Telarolli. É uma história de amor que acontece em Araraquara, recheada de situações alegres apresentadas por meio de dança, teatro, música e manifestações populares.


"Lembro com saudades os três meses de ensaios, correrias, atrasos, broncas, brincadeiras, mas tudo com muita responsabilidade e harmonia entre os integrantes do espetáculo até a noite de estreia no Teatro Municipal de Araraquara, quando fomos ovacionados por uma platéia de 750 pessoas. A alegria maior foi ver, as lágrimas emocionadas nos olhos de alunos, professores, equipe técnica, enfim ,de todas as pessoas envolvidas, que refletiam o orgulho por todos os obstáculos vencidos. Foi um trabalho realizado com muito carinho, amor e dedicação." Cris


Dia 19/11- Vídeo- "Panorama das Oficinas Culturais 2008"
Sapateado, Dança Contemporânea, Teatro, Percussão, Violão e Artes Plásticas, Música. Foram três dias de apresentações no Teatro Municipal de Araraquara com mais de 600 alunos das Oficinas Culturais Municipais.


Dia 26/11 Vídeo- "Arraial Multi cultural Brasilidades 2009"
Realizado na quadra da Casa da Cultura Luis Antônio Martinês Corrêa, fez a reeleitura das festas populares juninas, mesclando as linguagens contemporâneas que fazem parte do dia-a-dia das oficinas com as raízes africanas e indígenas do povo brasileiro. Participaram do espetáculo 330 alunos das Oficinas Culturais.

As produções serão apresentadas às quintas-feiras às 19h na Casa da Cultura Luis Antônio Martinês Corrêa de Arararquara. Entrada franca.




segunda-feira, 26 de outubro de 2009

"NOVOS TALENTOS"


O "NOVOS TALENTOS" CANTO NOVO, já é conhecido culturalmente tanto em Araraquara como na região e tem como objetivo evangelizar através das artes, além de proporcionar integração entre crianças, jovens, adultos e pessoas com necessidades especiais à sociedade.

A organizadora do "Novos Talentos", Maria Cristina Barreto Minotti em entrevista ao jornal "O Imparcial", disse que "é gratificante ver pessoas trabalhando voluntariamente, dispondo de seu tempo em prol do próximo. É muito lindo ver o trabalho de todos. Cada um com sua luta. Cada um com sua causa, mas todos empenhados em promover integração cultural e social."

Cristina ainda destacou que os "Novos Talentos" é ligado a Igreja de Santa Cruz da igreja Católica Apostólica Romana, mas é um evento ecuménico.

Durante o evento houve a apresentação do Coral Encanto da APAE/AAEE, do grupo de Crianças do Vale ( Paróquia Nossa Senhora do Vale), do Coral Amigos da Escola Ergília Micelli, do Grupo de Teatro Maranata Jecem, do Coral da PARADV, do Grupo CC Clubinho-Caminhando Com Cristo (Paróquia Nossa Senhora Aparecida), do Grupo Musical Santa Luzia (Instituto dos Cegos Santa Luzia) e da solista Marielle Legramand Falvo.


E não poderia deixar de mencionar e agradecer, nosso querido apresentador Rodrigo Pagotto, que deixou seus compromissos em São Paulo e voou para nossa querida City para abrilhantar ainda mais esse evento maravilhoso.


O "Novos Talentos" Canto Novo, realizado no último dia 18 de Outubro reuniu mais de 650 pessoas no Teatro Municipal de Araraquara. Esta foi a 15ª edição. A próxima será no segundo semestre de 2010.


Obrigada aos meus amigos Cristina e Rodrigo, que fazem desse evento um verdadeiro sucesso.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Música na melhor idade




Aulas de Música: um novo ânimo para a vida





Hoje, quem está na melhor idade tem tempo e disposição para aprender muitas coisas diferentes. A música assume um papel muito peculiar, pode ser o elemento chave para mobilizar as pessoas para um determinado objetivo :tocar um instrumento musical ou participar de um coral.
O contato com a arte transforma a vida do idoso, preserva a sua personalidade e bom-humor. Além disso, o sistema respiratório, cardiovascular, digestivo, nervoso, endócrino e osteoarticular são beneficiados.
A música auxilia no desenvolvimento mental e artístico, contribuindo para evitar a depressão, possíveis dificuldades motoras, resgatar a auto-estima e auto confiança, além de melhorar as relações sociais.
A cada encontro uma nova descoberta. Tenho uma aluna chamada Dirce que adora compor. Ela faz as letras e cantarola a melodia, a partir daí faço a partitura e o arranjo. Nos divertimos trabalhando, isso é maravilhoso. Domênica que também toca piano é apaixonada por romantismo, está sempre sonhando, assim como a Rita, Maria Antonia, Rafael, Mário........
Desenvolvo também fora da escola uma oficina com a melhor idade em um asilo, que mais parece um hotel para músicos. Seu Zé, como gosta de ser chamado não larga o violão nem para comer; Pascoal e Maria um casal para lá de animado, ele na sanfona e ela no chocalho ou no guinzá, dão vida ao conjunto musical CONDOR, nome que eles mesmos criaram rsrsrs...mas nunca reclamam de dor alguma.

O mais gostoso de lecionar para a terceira idade, é o quanto aprendo com eles. Dividimos problemas e alegrias a cada encontro.

Uma cesta de beijos para todos os meus queridos alunos!!!



sábado, 8 de agosto de 2009

FESTIVAL DE MÚSICA SACRA CANTO NOVO


Hoje farei uma homenagem a duas pessoas maravilhosas, Cristina Minotti e Rodrigo Pagotto, dois amigos que me abriram as portas para que eu pudesse mostrar o talento musical e artístico dos meus alunos tão especiais.

O Festival de Música Sacra- Canto Novo, teve início em 1992 na cidade de Araraquara-SP.

O Festival tem como objetivo proporcionar, principalmente aos grupos cristãos, um espaço para a manifestação da sua fé, através da expressão musical.

Sendo assim é premente por parte da organização do festival, estimular o cristão, em sua participação cada vez mais presente no seio da comunidade, levando assim a mensagem de vida, fé e esperança na construção de um mundo melhor, à luz do Evangelho.

É intenção também dar oportunidade para que os grupos possam cada vez mais aprender e mostrar às pessoas que se pode evangelizar através da música. Afinal, quem canta reza duas vezes... (Rodrigo Pagotto ).


E foi assim, que em 1997, convidada por minha querida amiga Cristina Minotti, levei meus alunos ao palco, do festival CANTO NOVO INFANTIL.

Foi um momento simplesmente divino, onde participaram , Ricardo (voz), Élide e José Carlos(violão) interpretando a música Rei dos Reis.

Minha querida amiga, não deu abertura só ao nosso grupo (Toque), mas também participaram a APAE, PARADV entre outros, dando inicio a inclusão e integração entre os grupos artísticos.

Em 1999 passou a chamar-ser MOSTRA INFANTIL DE MÚSICA SACRA.

O evento visava exclusivamente dar oportunidade às crianças de entrar em contato com a arte musical, utilizando-a para a evangelização, revelando destaques em suas apresentações entre comunidades cristãs, entidades e instituições filantrópicas.

Já não era mais uma competição, mas eram premiados aqueles que mais se destacavam nas apresentações.

Fiz a união de todos os meus grupos: Toque, Santa Luzia, Orfanato Renascer, formando um coral e levei-os para o palco do Teatro Municipal, onde o festival passou a ser apresentado.

Em 2002, passou a denominar-se NOVOS TALENTOS, e realmente foram sendo revelados mais e mais talentos. O grupo Santa Luzia, Mãos que Falam, APAE, PARADV,Canto do Sol, Quem Canta (esses dois últimos eram meus), sem falar das comunidades, que a cada ano aderiam ao festival. Formamos então uma grande família.


Convivi com pessoas de grande valor, esses anos todos, sendo como jurada do Canto Novo ou como regente dos corais do Novos Talentos. Sempre fomos tratados com todas as honras, sem distinção.

Quero agradecer a você querida amiga Cristina, pela oportunidade que nos deu, que nos abriu as portas de um mundo mágico, onde meus alunos viveram momentos inesquecíveis.

Quero agradecer a você querido amigo Rodrigo, por todo carinho e amizade. Agradecer também pelas "divulgações"...rsrs... sobre meu currículo dando prestígio cada vez maior ao meu trabalho ( cursos na Itália, Roma, Japão...). Não esqueço nunca, e me divirto ao lembrar das nossas travessuras.


Foram 15 anos maravilhosos, de união, amizade, carinho, amor, de muitas alegrias que ficarão para sempre marcados em nossas memórias e na vida de todos nós.


Esse festival não poderia nunca deixar de existir. Eventos como esse fazem a diferença.

sábado, 25 de julho de 2009

Depoimento de vida de Antonia Yamashita e Lucas

Antonia Yamashita é realmente uma Mãe Especial. Mulher corajosa e generosa que procura compartilhar suas experiências com todas as pessoas, expressando de forma simples todos os seus sentimentos e fatos, no livro:

A Trajetória de uma Mãe Especial

O livro é um relato verídico de uma mãe que viu seu filho se desenvolver de uma forma como ela jamais esperava. Ela conta sobre sua vida desde a descoberta da gravidez até os cinco anos de vida do seu filho Lucas.

Visitem o site http://www.umamaeespecial.com/

Assistam seu depoimento:


http://www.youtube.com/watch?v=NiTg7e6dL-0

Entrevista da pianista Mirian Esteves no STB-SB

Mirian Esteves deu uma entrevista maravilhosa no programa ASSIM VIVEMOS.
Vale a pena assistir e comprovar seu talento.
Parabéns, voce merece todas as glórias!!!
http://www.youtube.com/watch?v=EzR3Ov6XdKk

domingo, 14 de junho de 2009

DISLEXIA


Identificada pela primeira vez por BERKLAN em 1881, o termo "dislexia" foi cunhado em 1887 por Rudolf Berlin, um oftalmologista de Stuttgart, Alemanha. Ele usou o termo para se referir a um jovem que apresentava grande dificuldade no aprendizado da leitura e escrita ao mesmo tempo em que apresentava habilidades intelectuais normais em todos os outros aspectos.

Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Estima-se que a dislexia atinja 10 a 15% da população mundial.

A dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio-economica ou baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico.

A dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar. Este tipo de avaliação dá condições de um acompanhamento mais efetivo das dificuldades após o diagnóstico, direcionando-o às particularidades de cada indivíduo, levando a resultados mais concretos.

Uma equipe multidisciplinar é formada por psicólogo, fonoaudiólogo e psicopedagogo clínico. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como neurologista, oftalmologista e outros conforme o caso.

A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que se chama de Avaliação Multidisciplinar e de Exclusão.

Alguns sinais indicadores de dislexia:

- dificuldades com a linguagem e escrita

- dificuldades em escrever

- dificuldades com a ortografia

- lentidão na aprendizagem da leitura

- disfagia ( letra feia)

- discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de símbolos e decorar tabuada.

- dificuldades em aprender uma segunda língua

- dificuldades com a língua falada

- dificuldades com a percepção espacial

- confusão entre direita e esquerda

- dispersão

- dificuldade com quebra-cabeça

- dificuldade em aprender rimas e canções

- fraco desenvolvimento da coordenação motora

- pobre conhecimento de rima ( sons iguais no final das palavras) e aliteração ( sons iguais no início das palavras).

- entre muitos outros....


Precisamos proporcionar a estas crianças e a seus educadores( pais e professores) a informação de que suas dificuldades tem um nome, um porque e uma solução.


DISLEXIA NÃO É UMA BARREIRA INTRANSPONÍVEL

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Deficiência Física


É a disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou mais membros: superiores, inferiores ou ambos e conforme o grau do comprometimento ou tipo de acometimento fala-se em paralisia ou paresia.


O termo paralisia se refere à perda da capacidade de contração muscular voluntária, por interrupção funcional ou orgânica em um ponto qualquer da via motora, que pode ir do córtex cerebral até o próprio músculo; fala-se em paralisia quando todo movimento nestas proporções são impossíveis.


O termo paresia refere-se quando o movimento está apenas limitado ou fraco. O termo paresia vem do grego PARESIS e significa relaxação, debilidade. Nos casos de paresias, a motilidade se apresenta apenas num padrão abaixo do normal, no que se refere à força muscular, precisão do movimento, amplitude do movimento e a resistência muscular localizada, ou seja, refere-se a um comprometimento parcial, a uma semiparalisia.




Classificação das paralisias


Dependendo do número e da forma como os membros são afetados pela paralisia, foi sugerida por WYLLIE (1951), a seguinte classificação:


. Monoplegia- condição rara em que apenas um membro é afetado.


. Diplegia- quando são afetados os membros do mesmo lado.


. Hemiplegia- quando são afetados os membros do mesmo lado.


. Tetraplegia/Quadriplegia- quando a paralisia atinge todos os membros; sendo que a maioria dos pacientes com este quadro apresentam lesões na sexta ou sétima vértebra.


.Paraplegia- quando a paralisia afeta apenas os membros inferiores; podendo ter como causa resultante uma lesão medular torácica ou lombar. Este trauma ou doença altera a função medular, produz como consequências, além de déficits sensitivos e motores, alterações viscerais e sexuais.




Causas diversas ou desconhecidas


. Paralisia Cerebral: por prematuridade; anóxia perinatal; desnutrição materna; rubéola; toxoplasmose; trauma de parto; subnutrição; outras.


. Hemiplegias: por acidente vascular cerebral; aneurisma cerebral; tumor cerebral e outras.


. Lesão medular : por ferimento por arma de fogo; ferimento por arma branca; acidentes de trânsito; mergulho em águas rasas. Traumatismos diretos; quedas; processos infecciosos; processos degenerativos e outros.


. Amputações : causas vasculares; traumas; malformações congênitas; causas metabólicas e outras.


. Febre reumática - (doença grave que pode afetar o coração) ;


. Câncer;


. Miastenias graves (consistem num grave enfraquecimento muscular sem atrofia ).
A música é uma das terapias mais importantes nas deficiências físicas


terça-feira, 26 de maio de 2009

Métodos usados em meu trabalho



Correntes da educação e sua dinâmica baseados na música e ritmo













Émile Jacques Dalcroze (1865-1950)

Dalcroze, austríaco, professor de música, arte dramática e compositor; percebeu em seus alunos de conservatório a dificuldade em coordenar a informação e execução da música, então formulou o modo e técnica de ensino, propôs a iniciação auditiva e rítmica (que compreende basicamente sistemas musculares), estipulando o corpo como instrumento primordial para a assimilação da música em questão. A partir destas observações e experiências, criou a "rítmica", um método de educação global que baseia-se no ritmo musical, vivido corpórea e sensorial pelo indivíduo; este sistema visa desenvolver e harmonizar as funções motrizes e regularizar as funções corporais no tempo e no espaço. A partir disso, desenvolveu o método de coordenação musical com movimentos corporais, a "eurritmia".


Os objetivos gerais e específicos do método desenvolvido por Dalcroze seriam: educação das capacidades perceptivas e expressivas do ser humano;harmonização do indivíduo consigo mesmo e com seus impulsos naturais; integração de cada um ao seu ambiente social; possibilitar a criação de uma consciência rítmica; intensificar a audição e harmonização interiores; e desenvolver o perfeito equilíbrio entre os centros nervosos e o dinamismo corporal.


Para a elaboração do método, são utilizados alguns exercícios, sendo eles:


Exercícios preliminares:


Andar com música, procurando reproduzir as frases musicais, seus acentos, seus diminuendos e crescendos, suas variações de dinâmica;


Em um segundo momento, após vivenciar os elementos musicais, o aluno passa a utilizar o espaço, gestos improvisados ou convencionais;

A prática de marcar o compasso com as mãos, enquanto os pés executam outros movimentos, desenvolvendo a coordenação rítmico-motora;

A aprendizagem do canto ou o uso da voz como fator de desenvolvimento da atividade respiratória e muscular.


Exercícios posteriores:


Práticas de exercícios que desenvolvam a flexibilidade, a plasticidade, a energia, a leveza, corrigindo possíveis anomalias respiratórias, musculares ou posturais inadequadas;


Exercícios em grupos que possibilitem a capacidade da expressão criadora;


Domínio temporal e espacial do movimento, execução de exercícios no espaço;


Domínio rítmico-musical por meio de práticas que levam ao conhecimento da notação dos ritmos, sua leitura, construção, favorecendo, ainda, o desempenho dos movimentos.


Carl Off (1895-1982)


Compositor alemão (obra: Carmina Burana), que percebeu desde sua infância o seu jeito e sensibilidade, favorecida devido ao local e cultura a qual era descendente, para os contos de fadas, mitos e teatro de bonecos. Deu grande importância aos elementos rítmicos, sempre através do piano e instrumentos de percussão.


Acreditava que da mesma forma que a criança pode falar antes de saber escrever, havia um potencial em aprender a música antes de saber sua teoria. Baseou-se também no método de Dalcroze em relação às expressões corporais necessárias ao aprendizado, que acabou sendo aplicada à Educação Física, por ter sido professor desta cadeira em uma escola, através da ginástica e dança moderna.


Sua abordagem educacional: fala, ritmo e movimento. Estes aspectos representam seu tripé educacional, que deve partir de experiências simples que permitem a introdução teórica da música, ou seja, dizia que para entender o que é ritmo, primeiro deve-se experimentá-lo através do andar, saltar, correr, trotar, etc, e as fórmulas rítmicas vivenciadas são reproduzidas através de palmas, golpeando o chão com o pé, no peito ou em qualquer parte do corpo.


Suas orquestras de instrumentos complementares utilizados na educação musical, partia do próprio uso do corpo como elemento sonoro e musical, instrumentos de percussão, sinetas, xilofones, metalafones, tambores, tímpanos, pratos e triângulos. Cada instrumento proporcionava um tipo de som, timbres variados e melódicos, sempre sendo fáceis de tocar e muito bem explorados por cada aluno.


Outros métodos:


Método de influência verbal


No método de influência verbal, leva-se em conta as experiências pessoais do técnico, que são transpassados através de explicação, conversa, comando, indicação corretiva, análise verbal, avaliação entre outros aspectos discutidos.


Métodos de influência demonstrativa


Divide-se em três grupos principais:


1 - Demonstrativos visuais: apresentação da ação motora (limitação), demonstração de materiais didáticos ( através de vídeos, cartazes ou fotos possibilita ao indivíduo a percepção do meio como forma de soluções motoras) e orientação visual (ajuda a executar corretamente o movimento no espaço e no tempo com pontos visuais de referência).


2 - Demonstrativos auditivos: utilização de pontos sonoros de referência, proporcionando a assimilação do ritmo e ações motoras, sempre com acompanhamento musical.


3 - Demonstrativos motores: visam a organização da percepção pelo indivíduo das sensações vindas do aparelho motor, sempre com demonstrações do movimento perfeito comparado com o imperfeito.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Instrumento corporal, uma prática da terapia musical



O corpo humano é o instrumento mais completo em todas as suas dimensões. Além disso, é a origem dos instrumentos musicais, já que estes são simplesmente uma prolongação dele.
Entretanto, o corpo humano não cumpre com todas as exigências de um objeto intermediário (instrumento de comunicação capaz de atuar terapeuticamente sobre pacientes mediante a relação, sem desencadear estado de alarma intensos). Sabemos que o corpo pode despertar situações e ansiedades de alarma que podem fugir ou entrar em pânico a certos tipos de pacientes.
Porém, na aplicação em certas neuroses do tipo obsessivo, pode ser um meio direto de desbloqueio. A utilização no começo deve ser a distância, evitando contato corpo-a-corpo, mediante o palmeio, o sapateado, palmas sobre coxas, estimulando o eco rítmico, as perguntas e respostas instintivas.
Lentamente pode-se palmear sobre a palma do paciente, porém este contato rítmico se deve fazer com grande conhecimento da dinâmica do paciente.
De todos os fenomenos sonoros do corpo humano, o mais profundo é constituído da voz e o canto.
A voz e o canto são elementos mais regressivo e ressonantes, e por isso, devem ser usados com muito cuidado. Estão ligados ao ISO (identidade sonora do indivíduo) e são uma ampla tela de projeção dos complexos não verbais do paciente em sua evolução.
A criação instrumental. Estão nesta classificação os instrumentos criados, fabricados ou improvisados pelos pacientes.
Estes instrumentos tem grande poder de objeto intermediário e facilitante, pode-se converter em objeto integrador dentro de um grupo.
Dentro de uma instituição, o musicista pode favorecer enormemente a fabricação de tais instrumentos e coadjuvantes mutuamente à terapia e seus objetivos.
Não se pode falar de um ou outro instrumento, pois o uso dependerá fundamentalmente de cada paciente.
Neste tipo de tarefa exige-se um certo nível do paciente e um certo tempo de processo terapêutico, porém uma vez que se consegue o trabalho, com o instrumento criado, enriquece-se notavelmente a comunicação.

"Uma das experiências mais marcantes que tive dentro de uma unidade do CAPS, foi de um paciente ainda jovem, 19 anos.
Durante os ensaios do coral, ele ficava sempre num canto, usava um lenço para cobrir a boca. Convidei-o para fazer parte do grupo algumas vezes (sempre com a orientação da psicóloga que me acompanhava durante os ensaios), mas não aceitou.
Um dia antes do ensaio, perguntei a ele de qual banda musical ele mais gostava. Prontamente ele mencionou "Skank".
Não tive dúvidas. Quando voltei na semana seguinte, trouxe um cd da banda e coloquei a música "Vou Deixar"...a vida me levar, pra onde ela quiser, seguir a direção, de uma nuvem qualquer....
Distribui a letra para todos os integrantes. Notei a surpresa e a alegria no rosto dele. De início ficou curtindo, mexendo o corpo, os braços, acompanhando a partitura ( faço de conta que não estou olhando, deixo à vontade), mas quando dei por mim, aquele lenço estava no chão, e ele que dizia que não podia cantar porque tinha um "problema" na boca e que precisava ser operado, já não existia mais.
Nessas horas, a vontade de chorar de alegria é demais, (não só minha, mas da psicóloga também), mas temos que ser fortes e agir como se nada de novo tivesse acontecido.
Não demos atenção ao lenço que ele fazia questão de mostrar, que ele usava como desculpas, e o fazia para chamar a atenção da mãe, para que ela sofresse por ele.
Desse dia em diante, ele participou de todos os ensaios, a boca já não doía mais, então não precisava mais do lenço nem da suposta cirurgia.
Foi uma vitória, vê-lo nos palcos, cantando com os amigos.
Foi uma alegria, olhar a mãe na plateia aplaudindo seu filho, que cantava para ela.

Quando você está desenvolvendo um trabalho dentro de uma instituição, um CAPS, você obrigatoriamente deve fazer parte das reuniões, com terapeutas, psicólogos, psiquiatras, atendentes...para ficar a par dos progressos ou dificuldades que os pacientes apresentam no tratamento, conhecer os problemas e o diagnóstico de cada um, discutir juntos, qual a melhor maneira de ajudá-los e seguir sempre a orientação médica".

Relação do homem com os significados emocionais da música

A música, é um tipo de código estabelecido universalmente, e por esta razão, torna-se um aspecto social, que transforma-se ou integra-se de acordo com funções estabelecidas através da construção social (incluindo a cultura específica de cada comunidade), determinando assim, grande importância ou insignificância das diversas linguagens e culturas existentes. Os grupos que adotam os mesmos parâmetros de composição musical, traduzem-na em significados comuns. Porém, existe o fator pessoal de interpretação, que se relaciona ao momento, à vivência e, principalmente, ao aspecto emocional de cada indivíduo.
Todas as formas de arte favorecem um descarregamento de inseguranças, medos, paixões e tantos outros sentimentos indefiníveis e reprimidos por falta de espaço para a expressão, especialmente, através da música. A música revela a expressividade de quem a compõe, de quem a interpreta e de quem a ouve (por empatia e interação); para haver interação, não é necessário entender de música, nem saber ler, nem cantar, nem ter cultura geral, basta ouvir.
Porém, para apreciar objetivamente a música, e melhor utilizá-la, é necessário conhecer os elementos que a definem. Quanto maior o conhecimento, maior o ganho

quarta-feira, 13 de maio de 2009

ESQUIZOFRENIA

A doença que acomete cerca de 1% da população mundial, não é facilmente identificada. A perda de contato com a realidade é um dos principais sintomas para o diagnóstico, traçado a partir do histórico do paciente. Não há causas exatas e nem ao menos um exame laboratorial específico. O que se sabe é que a esquizofrenia é uma doença relativamente comum e que seus portadores podem experimentar mudanças na sua forma de pensar e sentir. Com isso, suas relações afetivas a sua capacidade de viver em sociedade podem ser prejudicadas.
Para muitos pesquisadores a esquizofrenia é resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Acredita-se que a hereditariedade é um fator importante, mas que o ambiente deve ser de igual forma observado. Exemplificando com gêmeos uni vitelinos, que caso um deles apresente a doença, a probabilidade de o outro também apresentar é de 60 a 70 %.
Como eles têm exatamente a mesma carga genética, se a esquizofrenia fosse determinada apenas por fatores genéticos, esta probabilidade deveria ser de 100 %. Isto demonstra que fatores psicossociais também contribuem para a determinação da esquizofrenia.

Melhor maneira de tratar:
Não é possível tratar um portador de esquizofrenia sem medicação, ainda que as doses possam ser paulatinamente diminuídas. No entanto, existem dispositivos que podem ser agregados ao tratamento que possibilitarão a reintegração mais rápida do paciente na sociedade.
A música entra como dispositivo terapêutico e ajuda a a mudar a rotina dos pacientes.

terça-feira, 12 de maio de 2009

PSICOSE

Psicose é um termo psiquiátrico genérico que se refere a um estado mental no qual existe uma "perda de contato com a realidade".

Psicose significa um estado alterado da personalidade no qual a pessoa tem sensações que não correspondem à realidade e pensamentos que fogem ao seu controle. Uma crise típica de psicose se caracteriza por alguns ou todos os seguintes sintomas:
. Alucinações auditivas, visuais ou olfativas
. Agitação, confusão, agressividade
. Não falar coisa com coisa
. Insônia e inapetência
. Sensação de que os mais diversos fatos não são coincidências mas sim que eles tem alguma coisa a ver com ela.
. Atribuição de significados diferentes a coisas reais que estão realmente acontecendo.
. Isolamento, não querer contato com ninguém, assumir um comportamento estranho.
. Pensamento bloqueado, interrompido. A pessoa parece que não consegue transmitir uma ideia até o fim.
. Desleixo com a aparência e a higiene.
. Alguns pacientes, principalmente quando a doença aparece na adolescência ficam meio pueris, superficiais, com um sorriso inadequado.
. Pode aparecer subitamente ou aos poucos.
Os psicóticos quando não estão em crise, zelam pelo seu bem estar, alimentam-se, evitam machucar-se, tem interesse sexual, estabelecem contato com as pessoas reais. Isto tudo é indício de existência de um relacionamento com o mundo real.

O tratamento é psiquiátrico e com medicação.
A música entra como dispositivo terapêutico.

domingo, 10 de maio de 2009

NEUROSE ou ANSIEDADE E DESORDENS DEPRESSIVAS

O termo neurose, foi criado pelo médico escocês William Cullen em 1769 para indicar "desordens de sentidos e movimento" causadas por "efeitos gerais do sistema nervoso".
Apesar de sua longa história, o termo "neurose" não é mais de uso comum. Os atuais sistemas de classificação abandonaram a categoria "neurose". O DSM IV ("Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders") eliminou a categoria por completo. Desordens primeiramente chamadas de neuroses agora são descritas sob os títulos de "Ansiedade e Desordens Depressivas".

É uma doença emocional, afetiva e de personalidade e acontece quando o sistema nervoso de uma pessoa reage com exagero a uma determinada experiência já vivida. Uma pessoa neurótica passa a ter reações e comportamentos diferentes: fica muito ansiosa, evita sair de casa para ir a determinados lugares, tem medo de certas situações, imagina situações que podem fazer mal, ficam deprimidos mais constantemente, são mais preocupados...enfim, uma pessoa neurótica sente tudo o que uma pessoa normal sente no seu dia-a-dia mas sempre exageradamente. Em geral uma pessoa neurótica sabe do seu problema, sofre com isso mas se sente incapaz de solucioná-lo.
O tratamento mais adequado para ajudar um paciente neurótico a lidar com esse distúrbio é a psicoterapia. A psicoterapia permite transformações profundas de personalidades e pode ser feita individualmente, em grupo, com casal, entre família e intervenção institucional.
A música entra como dispositivo terapêutico onde o paciente se expressa e interage com o mundo, se sentindo útil e aceito pela sociedade.

CAPS-Centro de Atenção Psicossocial


São instituições brasileiras que visam à substituição dos hospitais psiquiátricos-antigos hospícios ou manicômios- e de seus métodos para cuidar de afecções psiquiátricas.
Modelo proposto na Itália, em Trieste e que está sendo adaptado no Brasil desde 1986. Consiste em um local que oferece cuidados intensivos, semi-intensivos ou não intensivos a pacientes em sofrimento psíquico diagnosticados como neuróticos graves ou psicóticos que podem já ter ou não histórico de internação e/ou tratamento.
Equipe: multi profissional constituída de psiquiatras, neurologistas, enfermeiros, farmacêuticos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, musico terapeutas, terapeutas ocupacionais, profissionais de Educação Física, técnicos de enfermagem, monitores e estagiários, entre outros profissionais.
A atenção do CAPS deve incluir ações dirigidas aos familiares e comprometer-se com a construção dos projetos de inserção social. Devem ainda trabalhar com a ideia de gerenciamento de casos, personalizando o projeto de cada paciente na unidade e fora dela e desenvolver atividades para a permanência diária no serviço.
Os projetos terapêuticos dos CAPS devem ser singulares, respeitando-se diferenças regionais, contribuições técnicas dos integrantes de sua equipe, iniciativas locais de familiares e usuários e articulações intersetoriais que potencializem suas ações. O CAPS deve, ainda, considerar o cuidado intra, inter, e transubjetivo, articulando recursos de natureza clínica, incluindo medicamentos, de moradia, de trabalho, de lazer, de previdência e outros, através do cuidado clínico oportuno e programas de reabilitação psicossocial.

A melhor maneira de tratar:

Não é possível tratar o paciente sem medicação, ainda que as doses possam ser paulatinamente diminuídas. No entanto, existem dispositivos que podem ser agregados ao tratamento que possibilitarão a sua reintegração mais rápida na sociedade.
As oficinas de artes, teatro, pintura, trabalhos manuais, artesanato, costura, culinária, música, etc... são dispositivos terapêuticos imprescindíveis.

Musica
A aproximação com a arte, com a música é natural. O sujeito vem porque gosta de música, gosta de tocar, de cantar e isso já permite o tratamento. É claro que esse dispositivo terapêutico não substitui os outros. A arte, vista inicialmente como um complemento mudou a rotina desses pacientes.
Nas oficinas de arte a iniciativa é do paciente. Ele escolhe o que gosta e quer fazer e esse dispositivo atende a uma necessidade real.
Dessa maneira o paciente pode se expressar, interagir com o mundo, se sentir útil e aceito. Há algo que eles sabem fazer bem. Então escolhe as atividades com as quais tem mais afinidade e descobre e mostra seus talentos.

Fui convidada para fazer uma oficina de canto e coral no CAPS de Araraquara, e a aproximação com os pacientes foi uma experiência maravilhosa.
O Grupo Musical CAPS SHOW iniciou suas apresentações em 2006 e revolucionou a vida dos seus integrantes.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

MIRIAN ESTEVES - TALENTO ESPECIAL





Mirian nasceu sem a mão e ante-braço esquerdo ( Amputação Congênita ).


Começou a tocar piano aos seis anos de idade, motivada pela música gospel, e recebeu aulas da professora Maria Fontes, pianista da igreja onde frequentava. Apesar da falta da mão esquerda, Mirian estudava incansavelmente, treinando escalas e arpejos também com a ponta do braço. No acorde tocava a nota fundamental e transportava as outras notas para a mão direita. Assim, Mirian se tornou uma exímia pianista e organista.

"Como eu era uma criança, não entendia porque tinha aquela deficiência, mas eu queria tocar, então eu tocava mesmo com as dificuldades e com a dor. Com a música eu venci muitas barreiras, complexos, a música me ajudou muito, até mesmo porque eu fui ficando mais conhecida. Nunca tive medo ou vergonha de tocar."

Mesmo sem a mão esquerda, Mirian acabou se dedicando ao piano e ao teclado, para transmitir uma mensagem forte sobre o ponto de vista musical e humano, usando os dedos da mão direita e o cotovelo do lado esquerdo para os baixos, alcançando sempre uma solução hamônica.

Mirian Esteves no Programa "ASSIM VIVEMOS" - TV Brasil, domingo dia 10/05/2009 às 18:30 hs. IMPERDÍVEL!!!!!!


http://tvbrasil.assimvivemos.com.br/programaçao.asp

http://www.youtube.com/watch?v=NuLRCdBNB2c

http://www.mirianesteves.com/ -entre e conheça essa pessoa maravilhosa

http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=1853671525155913647&mt=2

sexta-feira, 10 de abril de 2009

SURDEZ-CEGUEIRA

O que é Surdez Cegueira?

"Indivíduos surdo-cegos devem ser definidos como aqueles que tem uma perda substancial de visão e audição de tal forma que a combinação das duas deficiências cause extrema dificuldade na conquista de metas educacionais, vocacionais, de lazer e sociais".

Considerações a respeito da surdez-cegueira:

Considerando que a pessoa com uma perda substancial da visão ou da audição pode, todavia, ouvir ou ver, mas a pessoa com uma perda substancial dos dois canais sensoriais, visão e audição, experimenta uma combinação de privacidade de sentidos que pode causar imensas dificuldades, fica claro que a surdez-cegueira não é uma simples soma das duas deficiências, mas sim uma forma de deficiência com problemas específicos que exigem soluções especiais.

Outro fator a ser considerado é a enorme variedade de pessoas abrangidas por esta ampla definição. Há relativamente poucas pessoas que são totalmente cegas e completamente surdas e, destas, a minoria é surdo-cega congênita. Entretanto, encontraremos nesse universo pessoas cegas que perderam a audição após a aquisição da fala, outras, surdas congênitas, que perderam a visão após aprenderem a língua de sinas e a leitura labial, outras ainda, que perderam a audição e a visão após dominarem a linguagem oral; destas algumas possuem resíduo auditivos ou visual. O conhecimento de todos esses antecedentes, além do estágio da perda, é de fundamental importância para a definição das prioridades do programa que deverá ser criado especificamente para cada indivíduo.

"Não há barreiras que o ser humano não possa transpor".

Helen Keller

quarta-feira, 8 de abril de 2009

LIBRAS

Alfabeto em portugues e seus correspondentes em Libras


ALFABETO DE LIBRAS


O Alfabeto de Libras ( Língua Brasileira de Sinais ) teve sua origem ainda no império. Em 1856, o conde francês Ernest Huet desembarcou no Rio de Janeiro com o alfabeto manual francês e alguns sinais. O material trazido pelo conde, que era surdo, foi adaptado e deu origem à Libras. Este sistema foi amplamente difundido e assimilado no Brasil.

No entanto, a oficialização em lei da Libras só ocorreu um século e meio depois, em Abril de 2002. Nesse período, o Brasil trocou a monarquia pela república, teve seis Constituições e viveu a ditadura militar.

O longo intervalo deve-se a uma decisão tomada no Congresso Mundial de Surdos, na cidade italiana de Milão, em 1880. No entanto, ficou decidido que a língua de sinais deveria ser abolida, ação que o Brasil implementou em 1881.

A Libras quase mudou de nome e só voltou a vigorar em 1991, no Estado de Minas Gerais, com uma lei estadual. Só em Agosto de 2001, com o Programa Nacional de Apoio à Educação do Surdo, os primeiros 80 professores foram preparados para lecionar a Língua Brasileira de Sinais. A regulamentação da Libras em âmbito federal só se deu em 24 de Abril de 2002, com a lei n. 10.436


LIBRAS é a sigla da Língua Brasileira de Sinais.

As Línguas de Sinais (LS) são as línguas naturais das comunidades surdas.

Ao contrário do que muitos imaginam, as Línguas de Sinais não são simplesmente mímicas e gestos soltos, utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. São línguas com estruturas gramaticais próprias.

Atribui-se às Línguas de Sinais o status de língua porque elas também são compostas pelos níveis linguísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.

O que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas oral-auditivas são denominados sinais nas línguas de sinais.

O que diferencia as Línguas de Sinais das demais línguas é a sua modalidade visual-espacial.

Assim, uma pessoa que entra em contato com uma Língua de Sinais irá aprender uma outra língua, como o francês, inglês, etc.

Os seus usuários podem discutir filosofia ou política e até mesmo produzir poemas e peças teatrais.

As Línguas de Sinais não são universais. Cada país possui a sua própria língua de sinais, que sofre as influências da cultura nacional.

Como qualquer outra língua, ela também possui expressões que diferem de região para região (os regionalismos), o que a legitima ainda mais como língua.


Visite o site: http://www.libras.sp.gov.br/ para o CD Libras

Baixar Livro Língua de Sinais: http://www.libras.org.br/livro_libras.php





terça-feira, 7 de abril de 2009

DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Rita é pedagoga e apaixonada pela música

Deficiência auditiva é o nome usado para indicar perda de audição ou diminuição na capacidade de escutar os sons. Qualquer problema que ocorra em alguma das partes do ouvido pode levar a uma deficiência na audição. Entre as várias deficiências auditivas existentes, há as que podem ser classificadas como condutiva, mista ou neurossensorial.

A condutiva é causada por um problema localizado no ouvido externo e/ou médio, que tem por função "conduzir" o som até o ouvido interno. Esta deficiência, em muitos casos, é reversível e geralmente não precisa de tratamento com aparelho auditivo, apenas cuidados médicos.

Se ocorrer uma lesão no ouvido interno, há uma deficiência que recebe o nome de neurossensorial. Nesse caso, não há problemas na "condução" do som, mas acontece uma diminuição na capacidade de receber os sons que passam pelo ouvido externo e ouvido médio. A deficiência neurossensorial faz com que as pessoas escutem menos e também tenham maior dificuldade de perceber as diferenças entre os sons.

A deficiência auditiva mista ocorre quando há ambas perdas auditivas: condutiva e neurossensorial numa mesma pessoa.

Causas: são várias: A deficiência auditiva condutiva, tem como um dos fatores o acumulo de cera no canal auditivo externo, gerando perda na audição. Outra causa são as omites. Quando uma pessoa tem uma infecção no ouvido médio, essa parte do ouvido pode perder ou diminuir sua capacidade de "conduzir" o som até o ouvido interno.

No caso da deficiência neurossensorial, há vários fatores que a causam, um deles é o genético. Algumas doenças, como rubéola, varíola ou toxoplasmose, e medicamentos tomados pela mãe durante a gravidez podem causar rebaixamento auditivo no bebê.

Também a incompatibilidade de sangue entre a mãe e o bebê ( fator RH ) pode fazer com que a criança nasça com problemas auditivos.

Uma criança ou adulto com meningite, sarampo ou caxumba também pode ter como sequela a deficiência auditiva. Infecções nos ouvidos, especialmente as repetidas e prolongadas e a exposição frequente a barulho muito alto também podem causar deficiência auditiva.

Como reconhecer:

É extremamente importante que a deficiência auditiva seja reconhecida o mais precocemente possível. Para tanto, os pais ou responsáveis devem observar as reações auditivas da criança. Os especialistas da área são enfáticos quanto a necessidade de tratamento o mais cedo possível.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

DISTROFIA MUSCULAR CONGÊNITA

O início
Vencendo as dificuldades posturais


Recompensa
Vitória


A Distrofia Muscular é uma doença neuromuscular de origem genética, cuja característica principal é o enfraquecimento progressivo da musculatura esquelética, prejudicando os movimentos e levando na maioria das vezes o portador a uma cadeira de rodas. Ela possui uma especificidade que a distingue sobremaneira das demais deficiências motoras: qualquer esforço muscular que cause um mínimo de fadiga contribui para a deteriorização do tecido muscular. Isto porque o defeito genético ocorre pela ausência ou formação inadequada de proteínas essenciais para o funcionamento da fisiologia da célula muscular.
Na literatura médica são catalogados mais de trinta tipos de distrofia. Cada tipo possui características específicas quanto ao início da apresentação dos sintomas, quanto ao grupo muscular mais comprometido, e quanto à progressão da doença. Devido à fraqueza e atrofia muscular podem surgir algumas deformidades físicas, tais como: contraturas, hiperlordose e escolioses.
PRECONCEITO: Hoje em dia o portador de deficiência não fica em casa. Sai e participa da vida na cidade. Isto torna sua imagem familiar e comum.
No nível microssocial o combate ao preconceito se dá com o portador de distrofia desenvolvendo, trocando e partilhando com todas as áreas de sua personalidade. Afetiva, social, profissional e política. Não se deixando imobilizar em um único aspecto.
A música auxilia:

. mudança duradoura no humor
. medos exagerados

. modificações na qualidade do sono e apetite

. infecções frequentes
. afastamento afetivo

. isolamento, solidão
. mudança para pior na dinâmica familiar

Daiane
Tempos atrás recebi o telefonema de um pai querendo informações sobre meu trabalho e pedindo para que eu avaliasse sua filha de nove anos, portadora de Distrofia Muscular Congênita. Ela era paciente da Faculdade de Fisioterapia UNIARA em Araraquara, onde minha filha cursava o quarto ano. Era também paciente na AACD em São Paulo e apaixonada por música.
No dia agendado, ela chegou toda sorridente e tímida mas trazia no olhar uma esperança.
Fiz a avaliação. Não tinha força na mão esquerda. Seus dedos não tinham a abertura necessária, mas assim mesmo aceitei o desafio. Pelos laudos médicos e fisioterápicos não havia muita esperança. Pedi a opnião da minha filha Ligia que já estagiava na clínica e ela me pediu cautela. Lembro das suas palavras como se fosse hoje: Mãe, não se anima muito não. A doença já atingiu um estágio avançado. As atividades dela são feitas mais na hidroginástica.
Iniciei as aulas. A força de vontade dela unida à minha resultou em glória.
Começamos com exercícios de escalas. Primeiro a mão direita, depois a esquerda, então juntamos as duas e não paramos mais...
Assim como na escola onde lecionava no quarto ano era destacada pela inteligência, com a música não foi diferente. Com o apoio dos pais e da irmã menor que sempre a acompanhava, ajudando o pai a tirar a cadeira de rodas do carro e acomodá-la de maneira mais confortável, conseguimos atingir nosso objetivo, com muito amor e dedicação. Como sempre diz meu querido amigo o maestro João Carlos Martins: A MÚSICA VENCEU!



quarta-feira, 1 de abril de 2009

USANDO A CRIATIVIDADE






As pessoas cegas utilizam o Braille para ler, mas muitas vezes gostariam de saber por exemplo, como é uma Clave de Sol, uma colcheia, uma pausa de mínima, uma semibreve, etc. Costumo fazer as partituras, em alto relevo. Uso uma cartolina e tinta plástica para que eles tenham noção do que estão aprendendo. Para as partituras normais utilizo o punção para fazer a pauta, fórmula de compasso, notas, barras, etc.
O resultado é excelente.


Quem quiser aprender Braille de maneira fácil, consulte o site:


terça-feira, 31 de março de 2009

BRAILLE



Braille é um processo de escrita em relevo para leitura táctil.

Compõe-se de 63 sinais formados por pontos, a partir dum conjunto matricial idêntico a uma sena de dominó.

Com o Braille representam-se os alfabetos latino, grego, hebraico, cirílico e outros, bem como os alfabetos e outros processos de escrita das línguas orientais; escreve-se o texto vocabular, tanto no modo integral como no estenográfico, a matemática, a geometria, a química, a fonética, a informática, a música, etc.

O Braille escreve-se com pautas e punções e também em máquinas datilográficas especiais.

A escrita pode ainda obter-se por meio de impressoras braille ligadas a computadores assistidos por softuare apropriado, a partir da digitação do texto ou do seu reconhecimento óptico.

Lê-se em folhas de papel escritas à mão, datilografados ou impressos, e em linhas braille incorporadas em terminais de computador.


O Sistema Braille foi inventado pelo francês LOUIS BRAILLE (1809-1852)


Louis Braille perdeu a visão aos 3 anos. Quatro anos depois, ele ingressou no Instituto de Cegos de Paris. Em 1827, então com 18 anos, tornou-se professor desses instituto. Ao ouvir falar de um sistema de pontos e buracos inventado por um oficial para ler mensagens durante a noite em lugares onde seria perigoso acender a luz, Louis Braille fez algumas adaptações no sistema de pontos em relevo.

Em 1829, publicou o seu método. O sistema Braille é um método convencional cujos caracteres se indicam por pontos em relevo, o deficiente visual distingue por meio do tato.

Sua principal vantagem reside no fato das pessoas cegas poderem facilmente escrever por esse sistema, com o auxílio da reglete e do punção. Permite uma forma de escrita eminentemente prática. A pessoa cega pode satisfazer o seu desejo de comunicação.

Louis Braille morreu de tuberculose em 1852, ano em que seu método foi oficialmente adotado na Europa e América.


Um cego experiente pode ler duzentas palavras por minuto.

segunda-feira, 30 de março de 2009

SOROBÃ ou SOROBAN




Sorobã ou Soroban ?


O nome Soroban ( com "N" ) foi trazido ao Brasil por imigrantes japoneses no começo do século XX. Originalmente Kambei Moori leva para o japão o Suan Pan ( ábaco chinês ) e um pequeno manual, iniciando os seus estudos sozinho com este instrumento. Em 1622 publica o seu primeiro livro "Embrião do Soroban".

No Brasil, em 1949, Joaquim Lima de Moraes, adapta o Soroban para uso de cegos, após aprender a técnica ensinada por imigrantes japoneses, abrasileirando o termo para Sorobã.

Então temos dois modelos no Brasil:

-Soroban: para videntes (como chamamos os dotados de visão);

-Sorobã: o mesmo, mas adaptado para deficientes visuais.

Ambos podem ser utilizados, e os cálculos são praticamente realizados de forma igual nos dois modelos. A manipulação no Soroban ( com "N" ) é mais rápida pois as contas correm livremente, diferentemente do Sorobã, onde as mesmas são presas, mas ambos geram uma aptdão em comum: o cálculo mental.

No Brasil, pelo Sorobã ter substituído o Cubarítmo nas aulas de cálculo, a mídia menciona o ábaco japonês, Soroban, como exclusividade para deficientes visuais. Pretendemos aqui deixar bem claro que trata-se de um instrumento extremamente útil para AMBOS, inclusive videntes.


Para que serve:


É um ábaco, assim como voce provavelmente conheceu ainda criança, nos primórdios da sua educação, para aprender a contar. Mas é um ábaco japonês, diferente, com apenas cinco contas, ou pedrinhas ( como preferir chamar agora) em cada ordem numérica.

O seu uso sofreu uma série de aperfeiçoamentos que geraram técnicas extremamente rápidas para executar qualquer cálculo: adição, subtração, multiplicação, divisão e outros.

A parte mais interessante e intrigante com certeza é o uso da mesma técnica para fazer cálculos mentais. Treinando as operações no Soroban, vai-se aos poucos adquirindo as mesmas habilidades para fazer cálculos mentalmente de algarismos enormes, para os padrões ensinados nas escolas.

Outras habilidades também são percebidas no uso do Soroban:

- Melhora a concentração e memorização, sobretudo para números;

- Visualização e inspiração apuradas;

- Observação mais atenta;

- Processamento de informações mais rapidamente;

- Aumento da " velocidade auditiva";

- Cálculo mental.




PARA SABER COMO CONSTRUIR SEU SOROBÃ, VISITE O SITE:http://www.sorobanbrasil.com.br/materias/soroba_tutorial.html





sábado, 28 de março de 2009

DEFICIENTE EFICIENTE











Não poderia deixar passar a oportunidade de falar um pouco sobre o talento de uma mulher guerreira, que embora tenha perdido a visão, não perdeu a vontade de viver.




Élide Maria Alves, minha querida amiga, confidente, companheira, irmã espiritual, sempre me apoiando, me acompanhando nessa estrada maravilhosa da música.




Vem de uma família de músicos. Sua mãe era cantora na igreja, seu pai um violonista exímio, que a ensinou a tocar ainda pequena. Os irmãos músicos, fazem sucesso com suas bandas. Veio morar e estudar medicina em São Paulo, mas um grave acidente de moto tirou sua visão e mudou sua trajetória. Foi uma longa jornada até conseguir se adaptar, mas nunca perdeu a coragem. Fez muitos cursos e passou a ensinar e ajudar no Instituto dos Cegos Santa Luzia em Araraquara. Mora sozinha, faz tudo o que uma pessoa com visão normal pode fazer: cozinha, lava, passa, faz crochê, tricô, enfim, leva uma vida independente até financeiramente.




NUNCA deixou a música longe da sua vida. É minha companheira nas oficinas culturais, apresentações dos corais e palestras onde sou convidada. Dotada de uma voz suave se apresenta em shows com seu violão mostrando todo seu talento.




Foi minha melhor aluna nos teclados e isso para mim é um orgulho.




Parabéns minha Linda. Te amo minha querida Amiga!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

DEFICIÊNCIA VISUAL

Definição

O termo deficiência visual refere-se a uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas ou hereditárias, mesmo após tratamento clínico e /ou cirúrgico e uso de óculos convencionais.

A diminuição da resposta visual pode ser leve, moderada, severa, profunda (que compõem o grupo de visão subnormal ou baixa visão) e ausência total da resposta visual (cegueira).

Segundo a OMS ( Bangkok, 1992), o indivíduo com baixa visão ou visão subnormal é aquele que apresenta diminuição das suas respostas visuais, mesmo após tratamento e/ou correção óptica convencional, e uma acuidade visual menor que 6/18 à percepção de luz, ou um campo visual menor que 10 graus do seu ponto de fixação, mas que usa ou é potencialmente capaz de usar a visão para o planejamento e/ou execução de uma tarefa.

Os estudos desenvolvidos por BARRAGA (1976), distinguem 3 tipos de deficiência visual:
CEGOS: têm somente a percepção da luz ou que não têm nenhuma visão e precisam aprender através do método Braille e de meios de comunicação que não estejam relacionados com o uso da visão.
Portadores de VISÃO PARCIAL: têm limitações da visão à distância, mas são capazes de ver objetos e materiais quando estão a poucos centímetros ou no máximo a meio metro de distância.
Portadores de VISÃO REDUZIDA: são considerados com visão indivíduos que podem ter seu problema corrigido por cirurgias ou pela utilização de lentes.

CAUSAS:

As principais causas da cegueira e das outras deficiências visuais tem se relacionado a amplas categorias:

.. Doenças infecciosas;
.. Acidentes;
.. Ferimentos;
.. Envenenamentos;
.. Tumores;
.. Doenças gerais e influências pré-natais e hereditariedade.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

SÍNDROME DE ASPERGER

A Síndrome de Asperger, uma forma de autismo, é um distúrbio que prejudica a maneira de uma pessoa se comunicar e se relacionar com os outros. Contudo, portadores desta Síndrome usualmente tem problemas menores com a fala do que autistas clássicos.
Frequentemente se expressam fluentemente, embora suas palavras possam soar formais e afetadas. Estes indivíduos também não apresentam as dificuldades de aprendizagem inerentes ao autismo. De fato, pessoas com Síndrome de Asperger geralmente apresentam um quociente de inteligência médio ou acima da média. Conhece-se casos de pessoas com este distúrbio que concluíram curso universitário e até PHD, como é o caso de Temple Gradin, que se destacou por seus trabalhos na área de Ciências dos Animais. Estas pessoas partilham muitas das mesmas características do autismo, mas certos traços, tais como descoordenação motora são típicos.

As características chaves são:

Dificuldades no relacionamento social. Ao contrário daqueles com autismo clássico, que geralmente parecem se desinteressar e se isolam do mundo em torno deles, muitos que tem SA tentam ser sociáveis e não tem aversão ao contato. Contudo, encontram dificuldades para entender sinais não verbais, inclusive expressões faciais.

Dificuldades de Comunicação

Portadores de Síndrome de Asperger podem se expressar fluentemente, mas não captar a reação das pessoas que o ouvem e podem parecer insensíveis aos sentimentos alheios. A despeito de terem boa habilidade verbal, eles podem parecer pedantes ou hiper literais, entendendo as palavras ao "pé da letra". Podem, por exemplo, entender as conversas de forma excessivamente literal- podem não entender piadas, uma vez nestas geralmente se emprega a linguagem simbólica, exagerada ou metáforas. Por exemplo, eles podem ficar confusos com uma afirmação do tipo: "ela perdeu a cabeça". Falta de imaginação. Portadores de SA podem frequentemente, se sair muito bem no aprendizado de fatos e números, mas terão dificuldade em raciocínio abstrato, que lhes podem causar problemas escolares em certas matérias tais como literatura ou religião.

Interesses Especiais

Eles podem, frequentemente demonstrar um interesse quase obsessivo em hobbes ou coleções. Contudo, adequadamente estimulados, alguns podem estudar ou trabalhar em assuntos que lhes desperte interesse, desenvolvendo habilidades específicas nestas áreas.

Etiologia da Síndrome de Asperger

A etiologia desta Síndrome não foi ainda completamente estabelecida. Contudo, ficou evidente, através de pesquisas, que a causa não deve ser única. Há fortes evidências que sugerem ser esta Síndrome causada por fatores orgânicos diversos, os quais afetam o desenvolvimento de algumas áreas do cérebro.

Cura

Como ocorre com o autismo, ainda não se conhece uma cura para Síndrome de Asperger. Esta perturbação acompanhará seus portadores ao longo de suas vidas. Contudo, muito pode ser alcançado com educação e apoio apropriado. Com dedicação e paciência, os portadores da Síndrome podem aprender habilidades exigidas para a vida diária, tais como se comunicar de forma apropriada com os demais, ou desenvolver habilidades específicas em assuntos de seus interesses.

Esses anos todos lecionando música nunca me decepcionei com nenhum deles. São fortes, inteligentes, sensíveis, carinhosos, estudiosos e só me trouxeram alegrias e o sentimento de dever cumprido.
Hoje eles fazem parte desse mundo maravilhoso dos sons.
Só tenho que agradecer por todo carinho e confiança.