sábado, 27 de setembro de 2008

TOQUE




É através da sensação de ser tocado que nos relacionamos de diversas maneiras. No instante em que se toca ou se é tocado podemos transferir e perceber a intenção do toque. Se observarmos desde as formas mais sutis até as formas mais rudimentares, abrimos um espeço infinito de percepções e mesmo assim não conseguiríamos dizer o suficiente.


Podemos utilizar o toque, como técnica, para criar um diálogo com o corpo; desenvolver o sentido cinestésico e também melhorar a execução de diferentes exercícios.


E através de um sistema de correção táctil-cinestésico podemos criar um método de observação direta e participação intensa do profissional e o aluno ou paciente.


É preciso estimular e ser estimulado durante as atividades físicas, seja através de música, mudança de ambiente, aparelhos, roupa nova, tênis novo, tipos diferentes de aula, de professor, enfim motivar a atividade principalmente para quem se cansa rapidamente de tudo.


Para tudo existe técnica, mas também vale criar outras maneiras porque o toque transmite muita energia, calor e sensação de apoio. Todos nós gostamos de carícias e se voce tem dificuldade para tocar alguém, experimente começando com um simples aperto de mão e em seguida um abraço, dessa forma voce criará um novo diálogo, uma nova compreensão e um melhor entendimento e consciência de si e talvez do seu próximo.




sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Queridos Amigos

Neste momento, a minha mente retrocede no tempo e no espaço.
As primeiras lembranças de minha vida são as de então com seis anos de idade, em Araraquara. Sempre após o jantar nos sentávamos em frente ao rádio para ouvirmos música. Era uma festa. Meus pais presentearam cada filho ao nascer com um vinil que fazia sucesso no momento.
A Arte para mim foi o instrumento estimulador do desenvolvimento mental daquela
época. Segundo Piaget, a criança entre dois a seis anos encontra-se na fase do desenvolvimento simbólico, da fantasia e do "faz- de-conta".
Vivi ativamente essa etapa,na escola fiz aulas de dança, teatro, música, participei com prazer de toda experiência artística que vinha ao meu encontro. Lembro-me de que viver essas situações satisfazia plenamente os meus desejos, minhas curiosidades e fantasias, proporcionando-me sentimentos de vaidade e autoconfiança.
Aprecio as Artes em Geral- dança, artes plásticas, balé clássico, teatro e especialmente a música. Gosto muito da originalidade do folclore brasileiro.
Particularmente, defino a Arte como uma manifestação do belo, da imaginação e do prazer que o homem sente na alma. Ao refletir sobre algo belo, que encanta e emociona, certamente alguma forma de arte nele estará presente. Acredito que isso acontece com todas as pessoas, independentemente de idade, sexo ou condição sociocultural.
Essencialmente, o conjunto de toda essa vivência foi o ponto de partida para o desenvolvimento de meu trabalho na Educação Musical para crianças.
Seguindo objetivos definidos, procuro proporcionar às crianças, dentro do possível, oportunidades e situações diversificadas que permaneçam para sempre, de forma produtiva.
Meus pais sempre diziam: "A pessoa é capaz de fazer qualquer coisa; é só querer".
Hoje por experiência afirmo que todos somos criativos por natureza, é preciso fazer bom uso disso.
Como educadora, tenho o desejo constante de buscar, adaptar, inovar e criar atividades e estratégias adequadas às necessidades de cada criança.
Nós educadores, precisamos querer sempre adquirir novos e variados conhecimentos, valendo-nos do material que temos em mãos: a criatividade.
É isso que nos leva a agir sobre a criança no plano afetivo-emocional, no desenvolvimento da personalidade, no ritmo próprio, nas expressões de seus desejos e ações, enfim, na sua pessoa.
Espero colaborar com experiências, idéias, opniões, pontos de vista e sugestões que levem outros profissionais da área de Educação a analisá-los, modificá-los e enriquecê-los, adaptando-os à possibilidade, às necessidades e à realidade do seu local de atuação.
Abraços Musicais