domingo, 10 de maio de 2009

CAPS-Centro de Atenção Psicossocial


São instituições brasileiras que visam à substituição dos hospitais psiquiátricos-antigos hospícios ou manicômios- e de seus métodos para cuidar de afecções psiquiátricas.
Modelo proposto na Itália, em Trieste e que está sendo adaptado no Brasil desde 1986. Consiste em um local que oferece cuidados intensivos, semi-intensivos ou não intensivos a pacientes em sofrimento psíquico diagnosticados como neuróticos graves ou psicóticos que podem já ter ou não histórico de internação e/ou tratamento.
Equipe: multi profissional constituída de psiquiatras, neurologistas, enfermeiros, farmacêuticos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, musico terapeutas, terapeutas ocupacionais, profissionais de Educação Física, técnicos de enfermagem, monitores e estagiários, entre outros profissionais.
A atenção do CAPS deve incluir ações dirigidas aos familiares e comprometer-se com a construção dos projetos de inserção social. Devem ainda trabalhar com a ideia de gerenciamento de casos, personalizando o projeto de cada paciente na unidade e fora dela e desenvolver atividades para a permanência diária no serviço.
Os projetos terapêuticos dos CAPS devem ser singulares, respeitando-se diferenças regionais, contribuições técnicas dos integrantes de sua equipe, iniciativas locais de familiares e usuários e articulações intersetoriais que potencializem suas ações. O CAPS deve, ainda, considerar o cuidado intra, inter, e transubjetivo, articulando recursos de natureza clínica, incluindo medicamentos, de moradia, de trabalho, de lazer, de previdência e outros, através do cuidado clínico oportuno e programas de reabilitação psicossocial.

A melhor maneira de tratar:

Não é possível tratar o paciente sem medicação, ainda que as doses possam ser paulatinamente diminuídas. No entanto, existem dispositivos que podem ser agregados ao tratamento que possibilitarão a sua reintegração mais rápida na sociedade.
As oficinas de artes, teatro, pintura, trabalhos manuais, artesanato, costura, culinária, música, etc... são dispositivos terapêuticos imprescindíveis.

Musica
A aproximação com a arte, com a música é natural. O sujeito vem porque gosta de música, gosta de tocar, de cantar e isso já permite o tratamento. É claro que esse dispositivo terapêutico não substitui os outros. A arte, vista inicialmente como um complemento mudou a rotina desses pacientes.
Nas oficinas de arte a iniciativa é do paciente. Ele escolhe o que gosta e quer fazer e esse dispositivo atende a uma necessidade real.
Dessa maneira o paciente pode se expressar, interagir com o mundo, se sentir útil e aceito. Há algo que eles sabem fazer bem. Então escolhe as atividades com as quais tem mais afinidade e descobre e mostra seus talentos.

Fui convidada para fazer uma oficina de canto e coral no CAPS de Araraquara, e a aproximação com os pacientes foi uma experiência maravilhosa.
O Grupo Musical CAPS SHOW iniciou suas apresentações em 2006 e revolucionou a vida dos seus integrantes.

Nenhum comentário: