COADJUVANTE NO CONTROLE DO TRANSTORNO
As crianças que sofrem dos sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção e hiperatividade
(TDAH), cujo sintoma mais comum é a dificuldade em ficar quieto e focar a atenção, podem experimentar a música, que é coadjuvante no tratamento do transtorno.
A música desperta o interesse das crianças. As hiperativas costumam ser desorganizadas
quanto à concentração e/ou certo excesso de atividade motora. Com a terapia, o ritmo da música pode auxiliar no estabelecimento dessa organização. Além disso, a melodia melhora a concentração, já que esse é um elemento musical pelo qual os pequenos se interessam muito.
Através da música crianças com TDAH podem ainda potencializar sua criatividade.
Através do lúdico e do criativo inerentes à música, elas podem despertar para outras áreas, como o teatro, pintura, escultura, etc., passando a fazer parte de um novo contexto social onde o emocional pode ser potencializado, proporcionando satisfação e segurança, levando em consideração que, por não conseguirem se inserir no contexto social instituído para todas as outras crianças, como a escola, elas podem se sentir desmotivadas e destacadas.
Toda criança possui potencial criativo, porém nem sempre ele é explorado. Por isso as crianças precisam de espaços que estimulem esse despertar da criatividade.
Nas aulas, a criança canta, improvisa, dança, escuta música, toca um instrumento, seja de percussão, piano, flauta, etc.
O objetivo é aprender música e se expressar através dela.
Os limites são trabalhados, e os movimentos de expansão são valorizados. A criança brinca com a música o tempo todo.
Ao longo dos tempos, a música acompanha a história da humanidade, exercendo as mais diferentes funções. De rituais religiosos aos musicais da Broadway; de corais a guitarras ; da música clássica ao rock'n roll. Ao utilizar uma linguagem universal, a música ultrapassa o tempo e o espaço.
Pesquisas mostram que a música ajuda crianças com transtorno de déficit de atenção, autismo e dislexia por meio de projetos. A ideia surgiu devido a uma necessidade que nós observamos : tantas crianças com transtornos que precisavam de ajuda e oportunidade. Sem contar que a inclusão social é uma exigência mundial. Está em parte em todos os âmbitos da sociedade, e eu procuro por meio de projetos dar minha contribuição.
Ponto de partida: identificar e diferenciar as dificuldades.
Um dos pontos primordiais para dar início ao Projeto é diferenciar os problemas. Para isso, é necessário diferenciar transtornos do desenvolvimento e da dificuldade de aprendizagem.
No projeto fica determinado que transtornos são patologias crônicas, como autismo, dislexia e TDAH. Já a dificuldade de aprendizagem tem relação com os fatores externos, que atrapalham a aprendizagem. Exemplo: sala de aula é superlotada e muito pequena. Eles aprendem, mas aprenderiam muito mais se não existisse essa dificuldade.
Por envolver crianças com transtornos diferentes os professores precisam ter autocontrole, pois o tratamento dado aos alunos afeta principalmente o processo de aprendizagem.
Nosso interesse também está em estudar grupos heterogêneos, formados por alunos comuns e com transtornos do desenvolvimento para analisar a forma como eles interagem, se existe algum tipo de dificuldade, de facilidade, de discriminação ou alguma alteração no desenvolvimento musical e técnico dos jovens. Considerando que as dificuldades de aprendizado atingem a todos, a intenção é identificar a existência de alguma diferença nesse grupo misto, pois, de acordo com o professor, ao tentar aprender a tocar um instrumento, somos todos iguais.
Aprendizado musical melhora a qualidade de vida.
O projeto funciona como um curso regular, cada turma tem de 10 a 15 alunos, sendo que 5 deles com diagnóstico confirmado. Uso a mesma técnica para todos aprenderem a tocar da mesma forma.
Outro aspecto importante é como o aprendizado pode melhorar a qualidade de vida dessas crianças e como a melhoria na qualidade de vida pode fazer com que elas aprendam melhor.
O objetivo é proporcionar às crianças e aos adolescentes a possibilidade de pensar e se desenvolver, tanto na música quanto fora dela.