terça-feira, 31 de março de 2009

BRAILLE



Braille é um processo de escrita em relevo para leitura táctil.

Compõe-se de 63 sinais formados por pontos, a partir dum conjunto matricial idêntico a uma sena de dominó.

Com o Braille representam-se os alfabetos latino, grego, hebraico, cirílico e outros, bem como os alfabetos e outros processos de escrita das línguas orientais; escreve-se o texto vocabular, tanto no modo integral como no estenográfico, a matemática, a geometria, a química, a fonética, a informática, a música, etc.

O Braille escreve-se com pautas e punções e também em máquinas datilográficas especiais.

A escrita pode ainda obter-se por meio de impressoras braille ligadas a computadores assistidos por softuare apropriado, a partir da digitação do texto ou do seu reconhecimento óptico.

Lê-se em folhas de papel escritas à mão, datilografados ou impressos, e em linhas braille incorporadas em terminais de computador.


O Sistema Braille foi inventado pelo francês LOUIS BRAILLE (1809-1852)


Louis Braille perdeu a visão aos 3 anos. Quatro anos depois, ele ingressou no Instituto de Cegos de Paris. Em 1827, então com 18 anos, tornou-se professor desses instituto. Ao ouvir falar de um sistema de pontos e buracos inventado por um oficial para ler mensagens durante a noite em lugares onde seria perigoso acender a luz, Louis Braille fez algumas adaptações no sistema de pontos em relevo.

Em 1829, publicou o seu método. O sistema Braille é um método convencional cujos caracteres se indicam por pontos em relevo, o deficiente visual distingue por meio do tato.

Sua principal vantagem reside no fato das pessoas cegas poderem facilmente escrever por esse sistema, com o auxílio da reglete e do punção. Permite uma forma de escrita eminentemente prática. A pessoa cega pode satisfazer o seu desejo de comunicação.

Louis Braille morreu de tuberculose em 1852, ano em que seu método foi oficialmente adotado na Europa e América.


Um cego experiente pode ler duzentas palavras por minuto.

segunda-feira, 30 de março de 2009

SOROBÃ ou SOROBAN




Sorobã ou Soroban ?


O nome Soroban ( com "N" ) foi trazido ao Brasil por imigrantes japoneses no começo do século XX. Originalmente Kambei Moori leva para o japão o Suan Pan ( ábaco chinês ) e um pequeno manual, iniciando os seus estudos sozinho com este instrumento. Em 1622 publica o seu primeiro livro "Embrião do Soroban".

No Brasil, em 1949, Joaquim Lima de Moraes, adapta o Soroban para uso de cegos, após aprender a técnica ensinada por imigrantes japoneses, abrasileirando o termo para Sorobã.

Então temos dois modelos no Brasil:

-Soroban: para videntes (como chamamos os dotados de visão);

-Sorobã: o mesmo, mas adaptado para deficientes visuais.

Ambos podem ser utilizados, e os cálculos são praticamente realizados de forma igual nos dois modelos. A manipulação no Soroban ( com "N" ) é mais rápida pois as contas correm livremente, diferentemente do Sorobã, onde as mesmas são presas, mas ambos geram uma aptdão em comum: o cálculo mental.

No Brasil, pelo Sorobã ter substituído o Cubarítmo nas aulas de cálculo, a mídia menciona o ábaco japonês, Soroban, como exclusividade para deficientes visuais. Pretendemos aqui deixar bem claro que trata-se de um instrumento extremamente útil para AMBOS, inclusive videntes.


Para que serve:


É um ábaco, assim como voce provavelmente conheceu ainda criança, nos primórdios da sua educação, para aprender a contar. Mas é um ábaco japonês, diferente, com apenas cinco contas, ou pedrinhas ( como preferir chamar agora) em cada ordem numérica.

O seu uso sofreu uma série de aperfeiçoamentos que geraram técnicas extremamente rápidas para executar qualquer cálculo: adição, subtração, multiplicação, divisão e outros.

A parte mais interessante e intrigante com certeza é o uso da mesma técnica para fazer cálculos mentais. Treinando as operações no Soroban, vai-se aos poucos adquirindo as mesmas habilidades para fazer cálculos mentalmente de algarismos enormes, para os padrões ensinados nas escolas.

Outras habilidades também são percebidas no uso do Soroban:

- Melhora a concentração e memorização, sobretudo para números;

- Visualização e inspiração apuradas;

- Observação mais atenta;

- Processamento de informações mais rapidamente;

- Aumento da " velocidade auditiva";

- Cálculo mental.




PARA SABER COMO CONSTRUIR SEU SOROBÃ, VISITE O SITE:http://www.sorobanbrasil.com.br/materias/soroba_tutorial.html





sábado, 28 de março de 2009

DEFICIENTE EFICIENTE











Não poderia deixar passar a oportunidade de falar um pouco sobre o talento de uma mulher guerreira, que embora tenha perdido a visão, não perdeu a vontade de viver.




Élide Maria Alves, minha querida amiga, confidente, companheira, irmã espiritual, sempre me apoiando, me acompanhando nessa estrada maravilhosa da música.




Vem de uma família de músicos. Sua mãe era cantora na igreja, seu pai um violonista exímio, que a ensinou a tocar ainda pequena. Os irmãos músicos, fazem sucesso com suas bandas. Veio morar e estudar medicina em São Paulo, mas um grave acidente de moto tirou sua visão e mudou sua trajetória. Foi uma longa jornada até conseguir se adaptar, mas nunca perdeu a coragem. Fez muitos cursos e passou a ensinar e ajudar no Instituto dos Cegos Santa Luzia em Araraquara. Mora sozinha, faz tudo o que uma pessoa com visão normal pode fazer: cozinha, lava, passa, faz crochê, tricô, enfim, leva uma vida independente até financeiramente.




NUNCA deixou a música longe da sua vida. É minha companheira nas oficinas culturais, apresentações dos corais e palestras onde sou convidada. Dotada de uma voz suave se apresenta em shows com seu violão mostrando todo seu talento.




Foi minha melhor aluna nos teclados e isso para mim é um orgulho.




Parabéns minha Linda. Te amo minha querida Amiga!