Identificada pela primeira vez por BERKLAN em 1881, o termo "dislexia" foi cunhado em 1887 por Rudolf Berlin, um oftalmologista de Stuttgart, Alemanha. Ele usou o termo para se referir a um jovem que apresentava grande dificuldade no aprendizado da leitura e escrita ao mesmo tempo em que apresentava habilidades intelectuais normais em todos os outros aspectos.
Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Estima-se que a dislexia atinja 10 a 15% da população mundial.
A dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio-economica ou baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico.
A dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar. Este tipo de avaliação dá condições de um acompanhamento mais efetivo das dificuldades após o diagnóstico, direcionando-o às particularidades de cada indivíduo, levando a resultados mais concretos.
Uma equipe multidisciplinar é formada por psicólogo, fonoaudiólogo e psicopedagogo clínico. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como neurologista, oftalmologista e outros conforme o caso.
A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que se chama de Avaliação Multidisciplinar e de Exclusão.
Alguns sinais indicadores de dislexia:
- dificuldades com a linguagem e escrita
- dificuldades em escrever
- dificuldades com a ortografia
- lentidão na aprendizagem da leitura
- disfagia ( letra feia)
- discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de símbolos e decorar tabuada.
- dificuldades em aprender uma segunda língua
- dificuldades com a língua falada
- dificuldades com a percepção espacial
- confusão entre direita e esquerda
- dispersão
- dificuldade com quebra-cabeça
- dificuldade em aprender rimas e canções
- fraco desenvolvimento da coordenação motora
- pobre conhecimento de rima ( sons iguais no final das palavras) e aliteração ( sons iguais no início das palavras).
- entre muitos outros....
Precisamos proporcionar a estas crianças e a seus educadores( pais e professores) a informação de que suas dificuldades tem um nome, um porque e uma solução.
DISLEXIA NÃO É UMA BARREIRA INTRANSPONÍVEL